Fixação do testículo (orquidopexia)
A orquidopexia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir a condição conhecida como criptorquidia, em que um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal durante o desenvolvimento fetal, permanecendo no abdômen ou no canal inguinal.
As principais indicações para a orquidopexia incluem a criptorquidia unilateral ou bilateral, diagnosticada em bebês ou crianças. A cirurgia é geralmente recomendada para prevenir complicações futuras, como infertilidade, risco aumentado de câncer testicular, torção testicular (rotação do testículo) e problemas psicossociais associados à aparência anormal dos genitais.
- O cirurgião faz uma pequena incisão na região inguinal, na parte inferior do abdômen ou no escroto, dependendo da localização do testículo não descido. A incisão é realizada de forma a proporcionar uma exposição adequada do cordão espermático, do testículo e do tecido circundante;
- O cirurgião identifica e isola o testículo não descido, separando-o dos tecidos circundantes, vasos sanguíneos e estruturas adjacentes. A dissecação cuidadosa é realizada para preservar os vasos sanguíneos, nervos e tecidos adjacentes e minimizar o trauma tecidual;
- O testículo é liberado de qualquer aderência ou tecido fibroso que possa estar impedindo seu deslocamento para o escroto. Com o auxílio de técnicas cirúrgicas, o testículo é mobilizado e reposicionado no escroto de forma adequada e segura;
- O cirurgião fixa o testículo no escroto utilizando técnicas de fixação adequadas, como suturas não absorvíveis. A fixação do testículo é realizada de forma a garantir sua posição estável, prevenir a recidiva do descentramento e minimizar o risco de torção testicular;
- A incisão é fechada em camadas utilizando suturas absorvíveis para os tecidos profundos e suturas não absorvíveis ou adesivos tópicos para a pele. Um curativo estéril é aplicado sobre a incisão para proteger a ferida cirúrgica e prevenir infecções.
Os riscos e complicações da orquidopexia podem incluir sangramento, infecção, lesão de estruturas adjacentes, como vasos sanguíneos ou nervos, e recorrência da criptorquidia. Além disso, a cirurgia pode resultar em dor, inchaço ou sensibilidade temporários na região operada.
Os benefícios da orquidopexia incluem a correção eficaz da criptorquidia, prevenção de complicações associadas à condição, melhoria da fertilidade e redução do risco de câncer testicular. Além disso, a cirurgia pode proporcionar benefícios psicológicos, melhorando a autoestima e a imagem corporal do paciente.
A orquidopexia é geralmente realizada sob anestesia geral, especialmente em crianças, para garantir que o paciente permaneça inconsciente e sem dor durante todo o procedimento. Em alguns casos, anestesia regional ou local pode ser utilizada, dependendo da idade e condição do paciente.
Antes da cirurgia, podem ser necessários exames de sangue, urina e imagem para avaliar a saúde do paciente e garantir que ele esteja apto para o procedimento. Além disso, o paciente pode precisar evitar alimentos e líquidos por um período específico antes da cirurgia, conforme orientação médica.
Após a orquidopexia, o paciente pode precisar de analgésicos para controlar a dor e anti-inflamatórios para reduzir o inchaço. Além disso, é importante manter a área operada limpa e seca, evitar atividades físicas intensas e seguir as instruções do médico quanto ao curativo e acompanhamento pós-operatório.
O tempo de recuperação após a orquidopexia varia de acordo com a idade do paciente e a extensão da cirurgia. Em geral, crianças podem retomar as atividades normais em cerca de uma a duas semanas, enquanto adultos podem precisar de mais tempo para se recuperar completamente. O médico fornecerá orientações específicas sobre o tempo de retorno ao trabalho, escola e atividades físicas.