Remoção do testículo (orquiectomia)
A orquiectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover um ou ambos os testículos. Pode ser unilateral, quando apenas um testículo é removido, ou bilateral, quando ambos os testículos são retirados.
As principais indicações para a orquiectomia incluem câncer testicular, lesões traumáticas graves, infecções crônicas, torção testicular irreversível (rotação do testículo) ou para reduzir a produção de hormônios masculinos em casos de câncer de próstata avançado.
- O cirurgião faz uma incisão na região inguinal, na parte inferior do abdômen ou no escroto, dependendo da localização do testículo a ser removido e da indicação específica para o procedimento. A incisão é realizada de forma a proporcionar uma exposição adequada do cordão espermático, do testículo e do tecido circundante;
- O cirurgião identifica, isola e mobiliza o testículo a ser removido, separando-o dos tecidos circundantes, vasos sanguíneos, nervos e estruturas adjacentes. A dissecação cuidadosa é realizada para preservar os vasos sanguíneos, nervos e tecidos adjacentes e minimizar o trauma tecidual;
- Os vasos sanguíneos que alimentam o testículo (artéria testicular e plexo pampiniforme) são identificados, ligados e seccionados para interromper o fluxo sanguíneo e isolar o testículo. O cordão espermático é então ligado e seccionado para permitir a remoção segura do testículo;
- O testículo a ser removido é cuidadosamente retirado da cavidade escrotal ou inguinal. O cirurgião verifica a cavidade escrotal ou inguinal em busca de qualquer sangramento, lesão ou contaminação e realiza hemostasia e limpeza adequadas, se necessário;
- A incisão é fechada em camadas utilizando suturas absorvíveis para os tecidos profundos e suturas não absorvíveis para a pele. Um curativo estéril é aplicado sobre a incisão para proteger a ferida cirúrgica e prevenir infecções.
Após uma cirurgia de orquiectomia, na qual um ou ambos os testículos são removidos, alguns pacientes podem optar por colocar uma prótese de testículo para restaurar a aparência natural dos genitais masculinos e manter o equilíbrio estético. Essa prótese é uma pequena estrutura de silicone ou material semelhante, moldada para imitar a forma e a textura de um testículo real. Ela é inserida cirurgicamente no escroto durante um procedimento adicional, geralmente alguns meses após a orquiectomia, quando a área já está completamente cicatrizada. A prótese de testículo não afeta a função sexual ou a produção de hormônios, mas pode proporcionar ao paciente uma sensação de normalidade e autoconfiança
Os possíveis riscos e complicações da orquiectomia incluem sangramento, infecção, hematoma (acúmulo de sangue), lesão de estruturas adjacentes, como vasos sanguíneos ou nervos, dor crônica no local da cirurgia, inchaço ou sensibilidade persistentes e alterações na função hormonal.
Os benefícios da orquiectomia incluem tratamento eficaz do câncer testicular, prevenção da disseminação da doença para outros órgãos, alívio dos sintomas associados a condições como dor crônica ou infecção e melhoria da qualidade de vida em casos de câncer de próstata avançado.
A orquiectomia é geralmente realizada sob anestesia geral para garantir que o paciente permaneça inconsciente e sem dor durante todo o procedimento. Em alguns casos, anestesia regional ou local pode ser utilizada, dependendo da extensão da cirurgia e da preferência do paciente.
Antes da cirurgia, o paciente pode precisar realizar exames de sangue, urina e imagem para avaliar sua saúde geral e garantir que ele esteja apto para o procedimento. Além disso, pode ser necessário interromper o uso de certos medicamentos, como anticoagulantes, antes da cirurgia.
Após a orquiectomia, o paciente pode precisar de analgésicos para controlar a dor e anti-inflamatórios para reduzir o inchaço. Além disso, é importante manter a área operada limpa e seca, evitar atividades físicas intensas e seguir as instruções do médico quanto ao curativo e acompanhamento pós-operatório.
O tempo de recuperação após a orquiectomia pode variar dependendo da extensão da cirurgia e da saúde geral do paciente. Em geral, a maioria dos pacientes pode retomar suas atividades normais em algumas semanas após a cirurgia. No entanto, é importante seguir as orientações do médico quanto ao tempo de repouso e retorno ao trabalho ou atividades físicas.