Pieloplastia
A pieloplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir a estenose ou obstrução na junção ureteropélvica, que é a área onde o ureter se conecta ao rim. Essa obstrução pode levar à dilatação do sistema coletor renal, conhecida como hidronefrose, causando dor e comprometendo a função renal.
As principais indicações para a pieloplastia incluem casos de hidronefrose significativa devido a estenose ou obstrução na junção ureteropélvica. Essa condição pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida devido a cicatrizes, cálculos renais, trauma ou outras condições médicas.
- O cirurgião faz uma incisão na região lombar ou abdominal, dependendo da localização da obstrução e da técnica cirúrgica escolhida. A incisão é realizada de forma a proporcionar uma exposição adequada do ureter, da junção pieloureteral e do rim;
- O cirurgião identifica e isola a junção pieloureteral afetada, separando-a dos tecidos circundantes, vasos sanguíneos e estruturas adjacentes. A dissecação cuidadosa é realizada para preservar os vasos sanguíneos, nervos e tecidos adjacentes e minimizar o trauma tecidual;
- O segmento obstruído ou estenosado da junção pieloureteral é ressecado (removido) para permitir a liberação da obstrução e restabelecer o fluxo normal de urina. A reconstrução da junção pieloureteral é realizada utilizando técnicas cirúrgicas adequadas. A anastomose é realizada com suturas absorvíveis ou não absorvíveis para garantir uma conexão segura entre o ureter e o rim;
- Após a reconstrução da junção pieloureteral, o cirurgião verifica a permeabilidade da anastomose através da passagem de uma sonda ureteral e a inspeção visual da junção. Qualquer vazamento ou estenose residual é corrigido com suturas adicionais ou ajustes na reconstrução da junção pieloureteral;
- A incisão é fechada em camadas utilizando suturas absorvíveis para os tecidos profundos e suturas não absorvíveis para a pele. Um curativo estéril é aplicado sobre a incisão para proteger a ferida cirúrgica e prevenir infecções.
A cirurgia robótica na pieloplastia oferece diversas vantagens em comparação com outras técnicas cirúrgicas tradicionais. A precisão e a destreza dos braços robóticos permitem ao cirurgião realizar movimentos delicados e complexos com maior facilidade e precisão, o que pode resultar em incisões mais precisas e menor trauma tecidual. Além disso, a visão tridimensional proporcionada pelo sistema robótico oferece uma melhor visualização dos detalhes anatômicos, permitindo ao cirurgião uma orientação mais precisa durante o procedimento. A menor taxa de complicações, como sangramento, infecção e tempo de internação, associada à cirurgia robótica, resulta em uma recuperação mais rápida e menos desconforto pós-operatório para o paciente. Ademais, a menor quantidade de dor e o retorno mais rápido às atividades normais são aspectos favoráveis que destacam a cirurgia robótica como uma opção vantajosa na pieloplastia.
Os riscos e complicações da pieloplastia podem incluir sangramento, infecção, lesão de estruturas adjacentes, como vasos sanguíneos ou nervos, estenose recorrente, vazamento de urina e formação de fístulas.
Os principais benefícios da pieloplastia incluem a melhoria dos sintomas associados à hidronefrose, como dor lombar e desconforto ao urinar, preservação ou melhoria da função renal e prevenção de complicações renais mais graves, como insuficiência renal.
A pieloplastia é geralmente realizada sob anestesia geral, garantindo que o paciente permaneça inconsciente e sem dor durante todo o procedimento.
Antes da cirurgia, podem ser necessários exames de sangue, urina e imagem para avaliar a saúde do paciente e garantir que ele esteja apto para o procedimento. Além disso, o paciente pode precisar evitar alimentos e líquidos por um período específico antes da cirurgia, conforme orientação médica.
Após a pieloplastia, o paciente pode precisar de analgésicos para controlar a dor, bem como cuidados com o curativo e a área cirúrgica. Além disso, é importante seguir as instruções médicas para minimizar o risco de complicações, como infecção, e para promover uma recuperação mais rápida e confortável.
O tempo de recuperação após a pieloplastia varia dependendo da extensão da cirurgia e da saúde geral do paciente. Em geral, pode levar algumas semanas para que a área operada cicatrize completamente e para que o paciente se adapte às mudanças físicas resultantes da cirurgia. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a recuperação e abordar quaisquer preocupações ou complicações que possam surgir.